O momento de dor que é perder um filho pode ser transformado em esperança para outra criança. Ser doador de órgãos e tecidos é uma decisão difícil a ser tomada, mas, muitas vezes, é a única chance de vida para aqueles que esperam na fila por um transplante. “Ao todo, 43 crianças aguardam por uma doação no Estado. Esses pequenos podem ter muito para viver ainda, só dependem da doação. A morte de um filho é sempre um momento difícil, mas os pais têm a possibilidade de salvar outra criança”, considera o coordenador do programa de transplantes da Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE), André Bezerra.
Em Pernambuco, as crianças e adolescentes, com idade entre 0 e 18 anos, representam 3,2% das mais de 1.300 pessoas que esperam um órgão ou tecido para ter mais qualidade de vida. Entretanto, apesar do valor considerado pequeno em relação ao de adultos, a demora para o transplante pediátrico costuma ser maior. “É preciso ter uma aproximação de peso e altura entre o doador e receptor do transplante. E a quantidade de órgãos e tecidos doados por crianças é pequena. Sendo assim, a espera por um doador compatível pode se prolongar mais do que no caso dos adultos”, explica a coordenadora da CT-PE, Noemy Gomes. (JC online)