Nas articulações do Estado com a bancada federal para abocanhar emendas coletivas na cota do orçamento da União para o ano que vem, pelo menos até agora, quem tem levado vantagem sãos os 25 deputados e três senadores.
Enquanto o Estado patina, sem garantir até o momento um só tostão orçamentário, cada deputado terá direto a emendas no valor de R$ 8 milhões e os senadores, R$ 12 milhões, referentes a uma única emenda.
Escalados pelo governador Paulo Câmara para negociar com a bancada – o secretário de Planejamento, Alexandre Rebelo, e os deputados Tadeu Alencar e João Campos – até ontem não haviam convencidos os deputados que abrissem mão de R$ 4 milhões dos R$ 8 milhões por emendas, para destinar a projetos estruturadores no Estado.
O arremate ficou para a próxima semana, mas como as emendas agora são impositivas, as chances do Governo de reverter são mínimas.
Sem divisão – A única chance do Governo do Estado de meter a mão no bolo das emendas de bancadas está na boa vontade dos deputados de sua base. Para atender ao governador, cada um cederia R$ 4 milhões dos R$ 8 milhões de sua cota individual, o que totalizaria R$ 60 milhões para os cofres estaduais. Mas nenhum deputado, por mais leal que seja a Câmara, não revela disposição para isso. (Magno Martins)