Ultradireita contra extrema esquerda. Esse foi o cenário das eleições chilenas de ontem, que terminaram com Gabriel Boric — da esquerda — como vencedor, com 55% dos votos. Com 35 anos, ele será o presidente chileno mais jovem da história.
Boric foi deputado e líder estudantil e representa uma esquerda progressista revitalizada, que cresceu muito desde os protestos de 2019.
As manifestações daquele ano começaram reinvindicando o aumento da passagem de metrô, mas continuaram em torno de uma crítica geral ao sistema econômico neoliberal.
Liberal em temas sociais, o novo presidente defende um Estado de bem-estar na área econômica, ao estilo europeu. Suas propostas, de modo geral, giram em torno de reformas.
Reformas da previdência, tributária, da saúde e educação;
Feminismo, crise climática, trabalho digno;
Mudanças no sistema de pensões.
Ao que tudo indica, assim como o Chile, ano que vem também teremos candidatos antagônicos disputando o maior cargo Executivo do nosso país.
Com o resultado no Chile, agora, Colombia, Equador, Paraguai, Uruguai e Brasil persistem como os maiores países na América Latina com governos de centro-direita ou direita.