Um vírus com o qual todas as crianças vão ter contato até os dois anos de idade e que não tem vacina. Menos lembrado que outros agentes causadores de complicações respiratórias, o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é responsável por 6,7% de todas as mortes de crianças de até um ano por infecções deste tipo em todo o mundo. O maior risco está entre bebês prematuros ou com doença pulmonar crônica, e bebês com cardiopatias, que necessitam fazer um esquema de imunização específ ico. No Nordeste, o VSR começará a circular no mêsde março e, desde fevereiro, é preciso acender o alerta.
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Em crianças maiores e adultos, ele tende a se apresentar de forma mais leve. O risco de transmissão, contudo, permanece. Então, ainda que os sintomas não estejam visíveis, o contato com algum prematuro ou criança menor de dois anos pode levar a uma infecção grave nesses grupos. O VSR é transmitido por secreções respiratórias ou objetos. Permanece até 24 horas em objetos contaminados. Por isso, o recomendado é lavar as mãos com frequência, usar lenços descartáveis em caso de tosse e coriza, evitar ambientes fechados, não fumar na presença de crianças e manter o ambiente sempre limpo. O cuidado deve ser compartilhado por profissionais de saúde.
A cobertura segue um esquema de dosagem específico e precisa da atenção de profissionais de saúde, rede e familiares. O ideal é que a imunização seja dada um mês antes do início da circulação do vírus, o que no Nordeste seria em fevereiro. “Essa é uma imunização passiva. É preciso uma dose mensal por até cinco meses durante a estação de circulação do VSR, já que a substância vai ‘saindo’ do corpo aos poucos”, afirma Renato Kfouri. No SUS, a substância está disponível, de forma padronizada, desde 2013. Nos planos de saúde, desde 2018.