A cultura da valorização das avaliações externas na educação do Brasil teve início com a criação do Ideb, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, que teve a sua primeira divulgação no ano de 2007. Quem trabalha com Educação sabe que esse não é o único dado referencial para decretar se um trabalho está ou não sendo bem realizado, mas não há como deixar de considerar que, de lá para cá, a cada publicação do ranking com os melhores desempenhos do Brasil e dos estados, ter o nome entre os primeiros colocados transformou-se em uma referência relevante para as escolas.
Um sinal de prestígio e de trabalho bem feito. Em Pernambuco, estado que utiliza a gestão por resultados como uma ferramenta importante para a sua bem sucedida política educacional – 4º melhor colocado no Ideb 2014 –, não há como não dar peso aos desempenhos das avaliações externas. O Estado, inclusive, criou o seu Índice de Desenvolvimento da Educação de Pernambuco, o Idepe, que auxilia no monitoramento e tomada de decisões por parte da Secretaria de Educação, das Gerências Regionais e das escolas. E a cada resultado divulgado, seja pelo Idepe, seja pelo Ideb, ou mesmo em provas como o Enem, fica cada vez mais claro que as escolas que hoje contam com o regime de educação em tempo semi-integral ou integral, são as que dominam a participação nos rankings dos melhores desempenhos.
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