O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Eriberto Medeiros, se reuniu na última terça-feira (21), com o secretário de Defesa Social, Humberto Freire, e representantes da Federação de Bacamarteiros de Pernambuco (FEBAPE), para debater a legislação de porte e posse de bacamartes. A discussão vem agregando diversas instituições, como o Ministério Público e a Secretaria de Cultura, com o intuito de preservar o folguedo tradicional do interior do Estado.
“Estamos dialogando com as instituições, com os órgãos de Estado, para que possamos construir uma legislação que garanta segurança jurídica aos bacamarteiros. Temos uma enorme admiração por esse folguedo, que remonta episódios históricos de Pernambuco, como os Heróis da Pátria de Ouricuri, e merecem a atenção e o respeito do Poder Público para que possam manter viva essa tradição”, afirmou o deputado.
Nessa terça-feira, estiveram presentes na reunião o presidente da Federação, Greyton Cavalcanti, o ex-presidente Ivan Marinho Filho, além de representantes de associações de Barra de Guabiraba, Cabo de Santo Agostinho, Abreu e Lima, Caruaru e Sanharó. Hoje são 33 associações de bacamarteiros no Estado, que representam cerca de 5 mil praticantes. Ficou acertada a criação de um grupo de trabalho com a SDS, o MPPE, a Secretaria de Cultura, além de representantes do Exército, da Polícia Militar, Civil e Corpo de Bombeiros, intermediados pela Assembleia Legislativa, na construção de um marco legal que ampare a cultura do bacamarte.
No início do mês, o deputado Eriberto recebeu essa comissão de artistas na Alepe e decidiu levar ao governo do Estado a preocupação com a ocorrência de algumas apreensões, para que seja construída uma solução. Na ocasião, a deputada Juntas esteve presente, além vários praticantes, preocupados com as ocorrências policiais devido à manifestação cultural dos bacamartes. “Contamos com a sensibilidade do secretário Humberto Freire, do governador Paulo Câmara, para que esse Patrimônio Vivo de Pernambuco seja preservado e valorizado”, afirmou o presidente. (Ulisses Gadêlha)