O deputado federal Eriberto Medeiros (PSB) apresentou uma série de questionamentos, após o lançamento do novo programa de segurança pública do Governo do Estado, o “Juntos pela Segurança”. Em publicação nas suas redes sociais, na manhã desta terça-feira (01/08), o parlamentar cobrou novidades no plano anunciado, alegando que o Executivo teve sete meses para ouvir a sociedade na construção de ações para reprimir a violência, e também indagou sobre pontos específicos para valorização dos profissionais da área.
Ao longo da última semana, Eriberto fez um balanço das demandas que colheu ouvindo integrantes das forças de segurança pública. O deputado elencou uma série de medidas para melhorar a atuação das polícias, contemplando a valorização, a melhoria das condições de trabalho e qualidade de vida, além do cuidado com a saúde mental dos profissionais e a atenção a suas famílias. O parlamentar reconhece que houve alguns avanços no novo programa de segurança, no sentido de recompor o quadro de pessoal, viaturas e equipamentos, porém destaca que esses pontos já vinham sendo trabalhados no Governo passado.
“O concurso foi muito importante, mas sempre há necessidade de concurso em razão dos profissionais que se aposentam todos os anos. Pra repor o déficit, é preciso muito mais. A verdade é que muitas interrogações ficaram no ar. As comissões dos concursos anteriores já prestes a serem chamados, mas não se tocou nesse assunto. Vamos ter que esperar mais um ano e meio para convocar novos policiais. O fim das faixas salariais passou em branco, não foi lembrado. A convocação dos policiais penais, cerca de 1300 já estão aptos, mas apenas 300 e poucos foram chamados, sem contar que havia uma recomendação de convocar policiais mulheres para a colônia penal feminina e esse ponto não foi contemplado”, pontuou Eriberto, enfatizando que houve tempo suficiente para construção de novas políticas públicas.
Segundo Eriberto, parte dos anúncios já estava prevista, como as viaturas, equipamentos e armamentos. “Reposição de viaturas não são novas viaturas. Trocar viaturas já está previsto no contrato. Os equipamentos de proteção precisam ser trocados rotineiramente, porque têm data de validade. Portanto, muita coisa anunciada foi dentro do normal que já vinha sendo feito, mas os nossos profissionais necessitam de melhores condições de trabalho. Pra enfrentar a onda crescente de violência, precisamos de respostas imediatas. Precisamos aprofundar esse debate pra solucionar de verdade o problema. Pernambuco não pode ficar refém do medo”, concluiu. (Ulysses Gadêlha)