A Assembleia Legislativa incorporou, há 16 meses, uma nova roupagem com a ascensão do deputado Eriberto Medeiros (PP) ao comando da Casa, substituindo o até então eterno presidente Guilherme Uchoa, seis mandatos consecutivos, só deixando a coroa de rei vencido pela morte, em julho do ano passado, aos 71 anos.
Diferente do antecessor, Medeiros não dá murro na mesa, não abre polêmicas, tem alma e estilo mineiros. Divide as atribuições administrativas com o também mineirinho Clodoaldo Magalhães (PSB), primeiro-secretário, que ontem, em entrevista ao Frente a Frente, mandou um recado aos colegas: a dupla é candidatíssima a renovar o mandato na mesa diretora para o biênio 2021-2022.
A reeleição deve ocorrer em céu de brigadeiro, diante do silêncio na Casa em projetar um candidato competitivo, audacioso, capaz de enfrentar Eriberto, inflado pelo rolo compressor do Governo.
A família Costa, do ex-deputado Silvio Costa (Avante), hoje abrindo luzes da ribalta na esfera nacional com o habilidoso deputado Silvio Costa Filho (Republicanos), tem gostado do café quentinho servido no Palácio das Princesas. Nas rodas em Brasília, o próprio Silvinho, como é tratado, vez por outra se derrete em elogios ao Governo Paulo Câmara, sinalizando reaproximação.
Não foi por acaso que o deputado estadual João Paulo Costa (Avante), ainda imberbe, foi bater continência para o governador na confraternização do Executivo com o Legislativo, segunda-feira passada, no Salão das Bandeiras. Foi tão festejado como governista quanto o revel de Alberto Feitosa (SD), que anda às turras com Câmara e seus auxiliares mais próximos. (Magno Martins)