Época de reforçar o combate ao câncer de mama…

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O Brasil poderá ter até o final deste ano 57 mil novos casos de câncer de mama. Com 56 casos a cada 100 mil pessoas, a doença é o tipo de tumor mais incidente entre as mulheres. E a primeira causa de óbito por câncer no público feminino. Para conscientizar o público sobre a importância dos exames de prevenção e os tratamentos, começa hoje mais uma edição do Outubro Rosa, cujo lema da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) neste ano é “Nenhuma mulher sem mama”, com ações de conscientização em todo o País. No Recife, a prefeitura terá atividades até o final do mês. Uma das principais iniciativas será levar o ônibus do mamógrafo móvel para 62 comunidades, com a meta de realizar exames em 4,9 mil mulheres. A SBM também realizará um dia D, no dia 17, no Parque da Jaqueira. São ações para combater a doença que no ano passado matou 8,1 mil pernambucanas.
No Recife, a programação do ônibus com mamografias acontecerá de segunda a sábado. Serão distribuídas 80 fichas em cada uma das 62 comunidades. ”Para ter acesso ao exame é preciso ter entre 50 e 69 anos de idade, levar um documento de identificação com foto e o cartão do SUS”, orienta a coordenadora de Saúde da Mulher no Recife, Ana Karla Matos. A iniciativa, adianta, começa hoje pela Upinha Moacir André Gomes, na avenida Norte, em Casa Amarela. Hoje o ônibus também estará na Unidade de Saúde da Família (USF) da UR2, que fica na avenida Santa Fé, Ibura. Amanhã será a vez da Upinha Hélio Mendonça, no Córrego do Jenipapo, e Policlínica Lessa de Andrade, na Madalena (confira o cronograma completo até o dia 31 desse mês no link colocado na arte). Só não haverá exames nos domingos, no feriadão que compreende os dias 10,11 e 12, e dia 28.

Continua…

Desafio
O presidente regional da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), Darley de Lima Filho, afirma que o câncer de mama é um desafio a ser vencido. “De modo geral a incidência da doença vem aumentando, mas a mortalidade está caindo. Isso se deve muito ao diagnóstico precoce e as novas terapias que vão surgindo”, afirma. Há dez anos, a expectativa de vida depois do diagnóstico era em média três anos. Agora, supera os cinco. “Essa precocidade do diagnóstico é fundamental para o sucesso da batalha”, destacou, acrescentando que o objetivo é impedir o avanço da doença, que acaba levando às mastectomias radicais (retirada completa do seio).

Reconstrução
Segundo a Rede Goiana de Pesquisa em Mastologia, apenas 29,2% das pacientes brasileiras submetidas à mastectomia pelo SUS tiveram acesso à reconstrução em 2014. É com um sorriso no rosto que a dona de casa Maria Bernadete Pereira da Silva, 55 anos, enfrenta essa situação. Ela tinha um nódulo no seio desde 2010, mas o tumor só foi diagnosticado como cancerígeno em 2014. “Deus me preparou para essa notícia. Reagi bem, mas tem dia que fico nervosa”, confidenciou. Depois da quimioterapia, veio à cirurgia que retirou toda a mama. “Superei essa fase. Meu conselho é que as mulheres se cuidem. Nunca é tarde. Mesmo com problema da doença é possível vencer”, contou.

Calendário
O grupo de mulheres que encabeçam a campanha e ensaio fotográfico “Guerreiras do Calendário” também lançará sua ação até a próxima semana. Doze mulheres que tiveram câncer de mama vão posar para a publicação que terá venda revertida para obras sociais. A meta esse ano é que o dinheiro ajude a comprar um mamógrafo móvel. (Folha de Pernambuco)