Entenda por que infecção urinária afeta mais mulheres do que homens

Por Marjourie Corrêa/Folha de PernambucoPoucas doenças são tão fáceis de identificar como a infecção urinária. A ardência ao urinar, a vontade constante de ir ao banheiro e, em muitos casos, as dores na bexiga são suficientes para fazer o paciente procurar atendimento médico. Apesar de ser um dos males mais frequentes, sobretudo na população feminina, é uma condição que pode ser evitada.
Poucas doenças são tão fáceis de identificar como a infecção urinária. A ardência ao urinar, a vontade constante de ir ao banheiro e, em muitos casos, as dores na bexiga são suficientes para fazer o paciente procurar atendimento médico. Apesar de ser um dos males mais frequentes, sobretudo na população feminina, é uma condição que pode ser evitada.
A presença de um agente externo, seja bactéria ou fungo, no sistema urinário é o que causa o problema. De acordo com o urologista Renano Leal, do Hospital Jayme da Fonte, isso pode acontecer quando há uma baixa na imunidade dos pacientes – o que costuma ocorrer com os idosos -, ou quando a bactéria penetra no sistema urinário durante as relações sexuais.
Ainda segundo o especialista, a incidência tende a ser maior em mulheres por questões anatômicas. “A uretra da mulher é menor, e isso encurta o caminho que a bactéria precisa percorrer para chegar até o sistema urinário. Por isso é mais comum no público feminino”, explicou o médico.
Como prevenir
Hábitos comportamentais são os maiores aliados na prevenção desse tipo de infecção. Beber bastante água, não prender o xixi na bexiga e manter uma boa rotina de higiene com as partes íntimas é indispensável.
“O paciente não deve prender a urina. Inclusive, esvaziar a bexiga é o ideal. Quando for fazer o asseio, é importante evitar a contaminação da região perirretal na uretra, ou seja, nunca de trás para frente. E sempre urinar após as relações sexuais”, elencou Leal.
O especialista recomenda ainda que o paciente mantenha uma dieta controlada para evitar a queda na imunidade, que é uma facilitadora para as infecções.
Tratamento simples
A forma que essa doença se apresenta é o que vai determinar a dinâmica adotada no tratamento. Nos casos mais leves, o próprio organismo vai expulsar o corpo estranho, e esse processo tende a levar 48 horas.
Já no caso de infecções mais severas, é necessário uma intervenção medicamentosa. “Geralmente é prescrito um antibiótico ou antifúngico, dependendo do agente causal. Dessa forma, a gente trata o problema e livra o paciente dos sintomas”, esclareceu Renato.