Empresários criticam projeto que pode aumentar custos judiciais em PE…

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O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Guilherme Uchôa (PDT), recebeu nesta quarta feira representantes do empresariado pernambucano para discutir o projeto da nova Lei de Custas Judiciais. A proposta, que está sendo elaborada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), pode aumentar taxas do Judiciário e dos cartórios.

Participaram da reunião o presidente do Grupo de Líderes Empresariais de Pernambuco (Lide PE), Drayton Nejaim, o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE), Carlos Tinoco, o presidente da Federação das Indústrias do estado (Fiepe), Ricardo Essinger, entre outros empresários. Para a classe, a nova lei pode representar um cerceamento do acesso à Justiça, que ficará, segundo eles, mais oneroso.

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“Ele desmembra as custas, que hoje estão compactadas. Se eu tenho, por exemplo, uma causa trabalhista, cada instrumento que eu utilizo do Direito, para fazer valer o meu direito, eu pago individualmente por eles, quando antes eu pagava num pacote só. É mais uma questão de cidadania do que de interesse empresarial”, defendeu Drayton Nejaim, presidente do Lide.

Em nota, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) informou que as mudanças, na verdade, são positivas por incentivarem a prática da conciliação. A nova lei prevê, inclusive, a isenção em 50% do valor das custas dos processos, caso as partes desistam de recorrer e decidam o impasse por meio de acordo.

O deputado Guilherme Uchoa esclareceu que, na tarde desta quarta, os deputados estaduais aprovaram no plenário da Assembleia um requerimento de autoria dos parlamentares Priscila Krause (DEM) e Rodrigo Novaes, solicitando uma audiência na Casa sobre a possível mudança.

O presidente da Alepe explica, no entanto, que o próprio calendário da Casa impossibilita que a matéria seja aprovada ainda este ano. “O prazo para entregar projetos este ano encerra no dia 20 de novembro. Como já estamos no dia 16, é impossível que um projeto dessa natureza seja rediscutido pelo Judiciário e já apresentado para a gente”, avalia o presidente da Assembleia. (G1)