“Quando o número de mulheres, homens e crianças em fuga de seis anos de guerra na Síria passa da marca de cinco milhões, a comunidade internacional precisa fazer mais para ajudá-los”, afirma o ACNUR em um comunicado, segundo a France Presse. “Para enfrentar esse desafio, não só precisamos de medidas adicionais, mas também precisamos acelerar a implementação das promessas existentes”, declarou Filippo Grandi.
Não há sinais de que o conflito irá terminar no curto prazo, mas especialistas ouvidos pelo G1 disseram que a fase mais sangrenta do confronto pode já ter passado. Com intenso apoio da Rússia, o presidente Bashar Al-Assad voltar a dar indícios de que pode se consolidar no poder.
No último um ano e meio, desde que a Rússia começou a bombardear o território sírio em apoio a Assad, o governo sírio pôde retomar territórios importantes e estratégicos, na costa do país. A região engloba Damasco, a capital, Aleppo, que já foi a segunda maior cidade, e Latakia, onde fica o principal porto do país.
No balanço divulgado pela Acnur em 2016, o número de sírios que buscaram refúgio em países vizinhos desde o início do conflito era de mais de 4,8 milhões, sendo que cerca de 900 mil buscaram refúgio na Europa.
Continua…
Travessia arriscada
Com início da primavera e o aumento na temperatura, muitos sírios, entre refugiados de outras nacionalidades, aproveitam para atravessar o Mar Mediterrâneo em botes e barcos improvisados. Mais de 6 mil imigrantes foram resgatados enquanto tentavam fazer a travessia entre a Líbia e a Itália, no último balanço divulgado pela organização Internacional para Migrações (OIM). Cerca de 500 morreram na travessia.