Folha de Pernambuco
Para conseguir informar o eleitorado de forma mais lúdica, o Ministério Público Eleitoral em Pernambuco lançará, nesta segunda-feira (13), a campanha “Pelejando por uma eleição mais justa”. Inspirada em elementos do cordel, com linguagem simples e acessível, a ação foca em cinco temas: compra de voto, uso da fé para cooptação de eleitores, segurança da urna eletrônica, notícias falsas (“fake news”) e escolha crítica dos candidatos.
O MP Eleitoral recebeu apoio de voluntários para produzir as peças da campanha. Os textos foram elaborados pela Assessoria de Comunicação do órgão, que coordenou o trabalho. As ilustrações das peças gráficas foram criadas pelos artistas plásticos Rafa Saraiva e Mila Cavalcanti. Os spots de rádio foram gravados em estúdio da Universidade Católica de Pernambuco, com locução de Gilmar Lyra, Wilza Saraiva e Daniel França, e editados pela equipe de comunicação da Procuradoria-Geral da República, também responsável pela publicação das mensagens nas redes sociais.
A divulgação das peças será feita com apoio de vários veículos de comunicação, que se mostraram receptivos à iniciativa e fizeram questão de aderir à campanha. Também serão afixados cartazes em pontos de grande circulação de pessoas, em vários municípios do estado. O MP Eleitoral conta com colaboração dos cidadãos para difundir as mensagens, inclusive nas redes sociais e em aplicativos de mensagens, usando o material disponível no site da Procuradoria Regional Eleitoral em Pernambuco (www.prepe.mpf.mp.br). “A importância da participação feminina nas eleições tem sido um dos principais focos do MP Eleitoral, e nossa campanha procura refletir isso”, explicou o procurador regional eleitoral em Pernambuco, Francisco Machado.
Temas – Os cinco temas abordados na campanha foram escolhidos porque costumam confundir as pessoas merecem esclarecimentos. Por exemplo, algumas pessoas acham que compra de votos só ocorre mediante pagamento em dinheiro. Mas é comum candidatos oferecerem outros tipos de vantagem indevida, como tijolos, dentaduras e empregos. Outro tópico é o uso da fé para cooptar eleitores, o que já levou o MP Eleitoral a ajuizar ações contra alguns pré-candidatos.
Segurança da urna eletrônica foi um dos assuntos escolhidos porque ainda há quem duvide de sua inviolabilidade. O MP Eleitoral enfatiza que o sigilo do voto é garantido e não é possível saber em quem um eleitor votou, mesmo conhecendo o número de seu título. A campanha também trata das notícias falsas e chama a atenção do eleitor para o fato de que é preciso confirmar as informações que recebe, mesmo que venham de fontes supostamente confiáveis. Finalmente, o quinto tema alerta quem escolhe candidatas e candidatos apenas por ouvir falar neles ou receber indicação de terceiros.