Por João Domingos / Estadão
O anúncio da possível filiação de Joaquim Barbosa ao PSB coincide com o naufrágio da candidatura de Michel Temer e com o julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na quarta-feira, do habeas corpus preventivo de Lula. Caso o STF decida negar o recurso de Lula, ele poderá ser até preso em seguida, visto que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que aumentou a pena do ex-presidente para 12 anos e 1 mês no caso do triplex do Guarujá, negou provimento aos embargos apresentados pela defesa do líder petista.
Os dois acontecimentos, que atingem diretamente o MDB e o PT, podem influenciar na filiação de Barbosa, e na decisão do PSB de lançá-lo candidato à Presidência da República como o fato novo da eleição de outubro. Fato novo tão falado, tão aguardado, mas já quase esquecido, pois parecia cada vez mais difícil de acontecer.
SACOLEJÃO – Terá Joaquim Barbosa peso suficiente para dar um sacolejão no processo sucessório e atrair eleitores em número suficiente para torná-lo competitivo, com chances de ir ao segundo turno? Levando-se em conta o andar das pré-candidaturas até agora, pode ser que sim. Lula, embora ainda em primeiro lugar nas pesquisas que têm sido feitas, registradas ou não no TSE, tem sido cada vez mais ameaçado pelo deputado Jair Bolsonaro (PSL).
Numa sondagem do Instituto Paraná Pesquisas, em fevereiro, registrada no TSE, houve empate triplo em São Paulo entre Geraldo Alckmin, Bolsonaro e Lula. Numa outra pesquisa feita em Minas Gerais, divulgada há cerca de uma semana, e não registrada, Bolsonaro empatou com Lula. Em seguida, veio a ex-ministra Marina Silva, da Rede. Alckmin ficou lá atrás.
Continua…