As crises envolvendo a Petrobrás e o setor elétrico do País colocam na berlinda a imagem de boa gestora que a presidente Dilma Rousseff explora desde a época em que ocupava o ministério de seu padrinho político e antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva. As duas áreas estão diretamente ligadas à sua passagem pelo governo federal como titular da pasta de Minas e Energia e da Casa Civil.
Seus opositores na corrida presidencial acreditam, agora, que terão uma forte arma contra a vantagem da petista nas pesquisas de intenção de voto – se a eleição fosse hoje, ela venceria Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) no primeiro turno.
Na semana passada, o senador tucano foi o que mais tirou proveito político da crise na Petrobrás. Em uma prévia do que pretende levar à campanha sobre o tema, discursou na tribuna do Senado e cobrou a responsabilidade de Dilma. “Desde que assumiu a Presidência a atual presidente, o prejuízo, a perda de valor de mercado, somadas Petrobrás e Eletrobras, chega a cerca de US$ 100 bilhões. Essa é a gestão eficiente, é a condução dada por alguém que conhece dos assuntos?”
Conforme revelou o Estado na quarta-feira passada, Dilma apoiou em 2006, quando era ministra da Casa Civil e comandava o Conselho de Administração da Petrobrás, a compra de 50% de uma polêmica refinaria em Pasadena, nos EUA. O valor total do negócio ultrapassou US$ 1 bilhão, apesar de, poucos anos antes, a mesma refinaria ter sido comprada por uma empresa belga por US$ 42,5 milhões. (Agência Estado)