A morte nada mais é do que uma passagem. A passagem de um mundo que conhecemos bem, para outro totalmente desconhecido.
E, por isso, amedronta e traz dor…
Essa era a sensação de dois fetos gêmeos dentro do útero da mãe, que percebiam que chegava a hora de nascer.Um perguntou ao outro:
– E aí, você acredita na vida após o parto? E o irmão respondeu: – Não, ninguém voltou para contar.
Nascer, para eles, seria passar de um mundo conhecido para o desconhecido… Aquele mundo imenso fora dos limites do útero materno.
Quantas vezes nós também olhamos para a nossa vida com a mesma limitação? Pois igual aos fetos, cremos que o mundo se reduz ao que conhecemos ao que nos parece familiar, ao que podemos perceber com os nossos sentidos.
Os dois gêmeos estavam familiarizados com o calor da bolsa, as batidas do coração da mãe e o alimento que chegava fácil por um tubo… Assustados, conversavam sobre aquele momento traumático.