O dólar ampliou a alta a 2% e ontem chegou a bater 3,43 reais na máxima do dia após a agência de classificação de risco Standard & Poor’s(S&P) piorar a perspectiva do Brasil para “negativa”, em meio a preocupações com a situação fiscal brasileira e o cenário político conturbado. Às 14h, o dólar avançava 1,51%, a 3,4140 reais na venda. Na máxima da sessão, a moeda americana atingiu 3,4353 reais, com alta de 2%. Nas últimas quatro sessões, o dólar acumulou valorização de 6%.
A agência, que já tem a nota do Brasil no último degrau antes de perder o grau de investimento, argumentou que sua decisão vem da série de investigações de corrupção envolvendo empresas e políticos, que pesam cada vez mais sobre os cenários econômico e fiscal brasileiros. Informou ainda que o país enfrenta circunstâncias políticas e econômicas desafiadoras.
Investidores já vinham demonstrado preocupação com a possibilidade de o Brasil perder seu grau de investimento, após cortes nas metas fiscais do governo deste e dos próximos anos surpreenderem e decepcionarem os mercados financeiros.
Outro fator importante para os próximos passos do dólar é a reunião do Federal Reserve, banco central americano, que termina hoje. Sinalizações de que o Fed caminha para elevar os juros ainda neste ano podem servir de gatilho para a moeda norte-americana dar mais um salto, afirmaram operadores, uma vez que pode atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados no Brasil.(Veja/Com agência Reuters)