Flutuação do câmbio e previsões sobre aumento dos juros afetam as operações das empresas de modo geral e podem ter impacto especial sobre as exportações do Estado e sobre a precificação dos produtos. Isso porque , se o dólar adotar novamente uma trajetória de valorização e o mercado interno intensificar a retração, as exportações podem ser estimuladas, avalia o gerente de desenvolvimento empresarial da Federação da Indústria do Estado (Fiepe), Maurício Laranjeira.
“As empresas podem precisar direcionar a sua produção para fora”, comentou. Um cenário de aumento do dólar, contudo, desfavorece as importadoras. Como muitas indústrias precisam importar matéria-prima, a exemplo da farmacêutica, elas tendem a reduzir a essa compra que fica mais cara. Por consequência elas também podem diminuir a produção, acompanhando o desaquecimento do mercado, o que pode rebater diretamente na manutenção do nível de empregos. Na outra ponta, os efeitos desse movimento são produtos mais caros para o consumidor final. Por exemplo, como o trigo é importado, o pão fica mais caro. Embora possa haver o favorecimento das exportações, o gerente executivo da Valexport – Associação dos Produtores Exportadores do Vale do São Francisco avaliou que o País precisa mesmo é de estabilidade. “A indefinição do cenário é muito ruim para o empresariado. O que precisamos é de estabilidade e de políticas de investimento de mercado”, comentou.
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