Dirigentes da CBF entram com queixa-crime no STF contra Romário…

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O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, e o vice-presidente da entidade, Marco Polo del Nero, protocolaram queixa-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado federal Romário (PSB-RJ), candidato a senador, após duras críticas feitas pelo parlamentar à CBF. A ação está no STF porque, como deputado, Romário só pode ser investigado ou processado com autorização da Corte.

Marin e Del Nero acusam Romário de injúria porque, no dia 9 de julho – um dia depois de o Brasil perder de 7 a 1 da Alemanha, o que ambos chamaram de “dolorosa derrota” -, Romário teria lançado “graves ofensas” à dignidade dos dois. Pelo Facebook, narra a ação, Romário disse que o Brasil perdeu a Copa “de goleada” fora de campo. O ex-jogador defendeu uma intervenção política do governo federal no futebol e criticou os dirigentes, chamando-os de “vagabundos”.

“O presidente da entidade, José Maria Marin, é ladrão de medalha, de energia. […] Marco Polo Del Nero, seu atual vice, recentemente foi detido, investigado e indiciado pela Polícia Federal por possíveis crimes contra o sistema financeiro, corrupção e formação de quadrilha. São esses que comandam o nosso futebol. Querem vergonha maior que essa? Marin e Del Nero tinham que estar era na cadeia! Bando de vagabundos!!!, relata o documento.

O processo chegou ao Supremo na quarta-feira (16) e foi distribuído para Teori Zavascki, que será o relator. O ministro deverá decidir após o recesso de meio de ano do Judiciário se a ação terá ou não prosseguimento. Depois, a Segunda Turma do STF terá que decidir se abre ação penal para que o deputado responda pelo crime, antes de julgar se ele deve ou não ser condenado por injúria, como querem os dirigentes da CBF.

Marin já entrou com outro processo contra Romário, no fim do ano passado, porque, segundo ele, o deputado o chamou de “ladrão e corrupto”. A ação está com o ministro Marco Aurélio Mello, que ainda não decidiu se dará prosseguimento ao caso.  Em março, o Supremo rejeitou pedido de Del Nero para abrir ação penal contra Romário porque o parlamentar afirmou que o cartola tinha cometido “falcatruas”.

O advogado Luiz Vasconcelos Júnior, que defende o deputado, disse que a defesa será feita no mesmo tom do processo anterior. “A intenção de Romário não é injuriar nem difamar ninguém, mas sim criticar. Todos os fatos que ele citou como cometidos por José Maria Marin foram repercutidos em toda a imprensa e atestados como verdadeiros”, defendeu o advogado. (Blog do Camarotti)