Não sei os motivos nem quem deu a orientação para o governador Paulo Câmara (PSB) dividir a mesma ceia na casa do deputado Wolney Queiroz (PDT), quarta-feira passada, em Brasília, para, dentre outros assuntos, preparar a munição a ser usada numa bomba atômica capaz de transformar em pó a pré-candidatura da petista Marília Arraes à Prefeitura do Recife.
O ex-governador Eduardo Campos, criador da criatura empostada no poder, odiava o capitão da turma da roubalheira de Lula, chefe da quadrilha. Foi Dirceu, por exemplo, que articulou a candidatura do ex-ministro Aldo Rebelo, para concorrer com Ana Arraes, mãe de Eduardo, a vaga de ministra do Tribunal de Contas da União.
Pego de surpresa e sentindo-se traído, Eduardo teve que fazer do limão uma limonada, nas articulações que empreendia com maestria, para emplacar a mãe, capítulo de uma página vitoriosa na sua ascensão nacional. (Magno Martins)