Em pronunciamento à nação em cadeia de rádio e televisão na noite deste domingo (8), por ocasião do Dia da Mulher, a presidente Dilma Rousseff admitiu que o Brasil passa por dificuldades, consequências da crise financeira mundial e da “maior seca” da história”, e pediu paciência aos brasileiros. Disse ainda que o governo absorveu, até o ano passado, todos efeitos negativos da crise e que “agora” tem “que dividir parte deste esforço com todos os setores da sociedade”.
“Entre muitos efeitos graves, esta seca tem trazido aumentos temporários no custo da energia e de alguns alimentos. Tudo isso, eu sei, traz reflexos na sua vida. Você tem todo direito de se irritar e de se preocupar. Mas lhe peço paciência e compreensão porque esta situação é passageira”, declarou. Segundo ela, o Brasil tem condições de vencer os “problemas temporários”, e afirmou que a vitória “será ainda mais rápida se todos nós nos unirmos neste enfrentamento”.
De acordo com a presidente, “todos efeitos negativos” da crise financeira foram absorvidos pelo governo, até o ano passado, por meio de reduções de impostos para estimular a economia e favorecer a geração de empregos. Acrescentou que não havia como prever que a crise duraria “tanto” e que viria acompanhada de “grave crise climática”.
“Absorvemos a carga negativa até onde podíamos e agora temos que dividir parte deste esforço com todos os setores da sociedade. É por isso que estamos fazendo correções e ajustes na economia”, afirmou, acrescentando que um ajuste semelhante foi feito no início do governo Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003.
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