A defesa da ex-presidente Dilma Rousseff protocolou duas petições no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em que aponta falhas na perícia contábil e no relatório da Polícia Federal (PF) sobre as gráficas que prestaram serviços para a chapa Dilma-Temer, na campanha presidencial de 2014. Nos documentos, a defesa pede ao ministro Herman Benjamin, relator da investigação sobre irregularidades nas contas de campanha, uma perícia complementar, incluindo documentos fiscais e de transporte, que comprovariam a entrega dos produtos gráficos contratados.
A defesa de Dilma diz que a PF teria desconsiderado o valor exato pago pela chapa, pelos serviços prestados, e também ignorado a subcontratação de serviços de outras empresas pelas gráficas contratadas na campanha – Focal, VTPB e Red Seg. Segundo o advogado de Dilma Rousseff, Flavio Crocce Caetano, está “demonstrado no processo, com inúmeros documentos, que as gráficas produziram e entregaram todo o material contratado para a campanha”.
Para comprovar a regularidade dos serviços prestados, ele solicita que sejam realizadas diligências nas empresas subcontratadas, que seriam a Grafitec, Margraf, Ultraprint, Vitalia, Paperman e CRLS.
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Na última sexta-feira, a defesa do presidente Michel Temer também se manifestou ao TSE, sustentando que a campanha eleitoral do PMDB não teve relação com os pagamentos suspeitos feitos a gráficas que prestaram serviços para a chapa eleitoral. Em dezembro de 2014, as contas da campanha foram aprovadas com ressalvas, por unanimidade, no TSE.
No entanto, o processo foi reaberto porque o PSDB questionou a aprovação, por entender que há irregularidades nas prestações de contas apresentadas. Conforme entendimento atual do TSE, a prestação contábil do presidente e do vice é julgada em conjunto. (Agência Brasil)