Dia Mundial da Saúde é lembrado pelo deputado estadual Romário Dias…

Deputado Romário Dias

Deputado Romário Dias

O Dia Mundial da Saúde, criado em 1946 pela Organização Mundial da Saúde, foi destaque no discurso de Romário Dias, do PTB, ontem (sete de abril), na Assembleia. De acordo com ele, a situação da saúde no Estado é de calamidade pública. Romário demonstrou preocupação com o aumento dos gastos de custeio do Estado, assinalando que eles faltam na área de atendimento médico. Para o deputado, é importante saber como andam as Organizações Sociais criadas para gerenciar parte da Saúde em Pernambuco, e como funcionam as Unidades de Pronto Atendimento, as Upinhas e as Upas especializadas.

O parlamentar sugeriu que recursos do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal, o FEM, possam ser aplicados em saúde e educação. O FEM foi criado pelo Governo do Estado para apoiar financeiramente os municípios pernambucanos que apresentem dificuldades em suas finanças. Romário registrou, ainda, o encontro realizado por deputados da Oposição com representantes do Sindicato dos Médicos de Pernambuco que, de acordo com ele, foi muito proveitoso.

Em aparte, o líder da Oposição, Sílvio Costa Filho, do PTB, disse que também participou da reunião com o Sindicato dos Médicos e ficou chocado ao saber da situação da saúde em Pernambuco. Para ele, a Casa tem que debater o tema e buscar entender por que as unidades administradas pelas Organizações Sociais têm custo quatro vezes maior do que as gerenciadas pelo Estado.

Já o líder do Governo, Waldemar Borges, do PSB, disse concordar com Romário Dias em relação às dificuldades da saúde apontadas durante o discurso e afirmou que o Estado tem melhorado muito devido aos investimentos realizados. Sobre os custos das unidades de saúde administradas pelas OSs, Borges disse que é necessário buscar dados para fazer essa comparação.

A deputada Socorro Pimentel, do PSL, disse lamentar o descaso com a área da saúde, principalmente no segmento materno infantil. Clodoaldo Magalhães, do PSB, apontou que a União não corrige os repasses para a área. Segundo ele, Estados e municípios estão sobrecarregados com a manutenção do sistema.

De acordo com Dr. Valdi, do PP, o Governo Federal tem diminuído o percentual de investimento em saúde, principalmente em relação à alta complexidade. O parlamentar reconheceu os investimentos que o ex-governador Eduardo Campos fez em Pernambuco. Lucas Ramos, do PSB, parabenizou Romário Dias pela iniciativa de resgatar o tema em Plenário e ressaltou que as dificuldades da área não são exclusivas do Estado. 

Edilson Silva, do PSOL, destacou que as instituições hospitalares e ambulatoriais administradas por Organizações Sociais recebem uma quantidade de recursos muito maior do que aquelas administradas pelo Estado. Ele sugeriu que a Casa peça informações ao Governo sobre a aplicação desses recursos.

Durante o Tempo de Liderança, o segundo vice-líder do Governo, Tony Gel, do PMDB, informou que o Estado fez grandes investimentos na saúde e citou a ampliação de 6500 leitos, a construção de 15 UPAs e 9 UPAS especialidades, além da redução da mortalidade infantil em 47,5%. (Alepe)