N1Entretenimento – O Jornal Nacional encerrou mais um ciclo histórico nesta sexta-feira (31). Depois de quase três décadas na bancada, William Bonner se despediu do principal telejornal da TV brasileira, passando o bastão para César Tralli. A cena emocionou colegas e telespectadores e, inevitavelmente, trouxe à memória outro adeus marcante: o de Cid Moreira, em 1996.
Bonner, que começou no JN justamente ao lado de Cid, se emocionou ao lembrar do ex-colega. “Fiz meu primeiro Jornal Nacional com o Cid Moreira. Lembro de perguntar a ele se um dia o nervosismo passava. Hoje, quase 30 anos depois, percebo que não passa — e é isso que mantém a paixão”, disse, com a voz embargada.
César Tralli, que assume o comando a partir de segunda (3), respondeu com serenidade: “É uma honra estar aqui. Essa história inspira e emociona qualquer jornalista”.
De Cid a Bonner: duas despedidas marcadas por emoção
Em março de 1996, Cid Moreira também se despedia do JN após 26 anos à frente da bancada. Na ocasião, o estúdio virou uma festa repleta de lágrimas e homenagens. “Não vou substituí-lo; vou sucedê-lo”, disse Bonner, emocionado, ao receber o microfone do lendário apresentador.
Na época, Cid declarou que deixava o programa “no auge, como Pelé”, decidido a se afastar enquanto ainda vivia seu melhor momento na TV.
O ciclo que se fecha
Quase 30 anos separam as duas despedidas, mas ambas simbolizam o mesmo sentimento: o fim de uma era e o início de outra. Bonner e Cid foram vozes de gerações inteiras, moldaram o telejornalismo e deixaram um legado que ecoa até hoje.
Com Bonner fora da bancada, o Jornal Nacional entra em uma nova fase — e o público, mais uma vez, se despede de um rosto que fez parte de sua rotina por décadas.
Do “boa noite” de Cid ao tom sereno de Bonner, o Jornal Nacional fecha um capítulo da história da TV brasileira.