Desenvolvimento de bebês é monitorado por grupo de pesquisa…

O Grupo de Pesquisa da Epidemia da Microcefalia (Merg) começou a avaliar, no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), o desenvolvimento neuropsicomoto de crianças cujas mães tiveram zika na gestação, mas que nasceram sem microcefalia. A investigação visa saber como se comportam essas crianças ao longo dos primeiros três anos de vida e se alguma deficiência tardia pode aparecer como efeito da infecção congênita.

O hospital ganhou a Unidade de Desenvolvimento Infantil (UDI) exclusiva para este público, e deve atender uma média de 300 meninos e meninas. Os primeiros resultados devem ser divulgados em um ano. “Não sabemos se o zika provoca somente casos graves, como a microcefalia ou se ele leva a alterações neurológicas mais brandas que a gente não nota, mas que a criança pode ter. Entre elas o atraso de fala, atraso motor, déficit de atenção e talvez ocorrência de espectro autista. Provavelmente como todas as outras infecções congênitas, não há só caso grave ou criança sadio”, comentou a coordenadora da pesquisa, a neurologista Sophie Eickmann.

Entre as mães e filhos recrutados estão Juliana Campelo, 34 anos, e Enzo, 1 ano e 4 meses. “Fiz um teste de zika pelo SUS e o resultado positivo saiu agora quando Enzo completou o primeiro ano. Fomos chamados para estes testes, mas ele tem um desenvolvimento normal para a idade”, contou.

O menino com todos os demais vão ser avaliados pela Escala Bayley, padronizada internacionalmente para descobertas de atrasos na cognição, linguagem e do trato motor. (Fonte: G1)