O senador Armando Monteiro contabilizou o importante apoio do PSC para a sua pré-candidatura ao governo de Pernambuco esta semana, e representou um novo patamar ao seu projeto, a prova é tanta que passaram a ser especulados mais três partidos para a sua pré-candidatura, que foram o Solidariedade, o PROS e o Patriota, todos ainda integrados à Frente Popular.
Na eleição passada Armando foi atropelado pelo sentimento de continuidade do eleitor que aprovava a gestão de Eduardo Campos e queria votar em alguém que representasse aquele projeto. Piorou a situação de Armando quando houve o fatídico acidente aéreo envolvendo o ex-governador, que impulsionou Paulo Câmara a uma vitória elástica contra a sua candidatura.
Passados quatro anos, o cenário favorece o projeto de Armando, pois há uma clara fadiga de material de doze anos do PSB e um forte sentimento de mudança no estado, devido aos índices de desaprovação da gestão liderada por Paulo Câmara. Cabe ao senador imprimir um ritmo mais forte de agendas, uma posição mais contundente em relação ao atual governador, e elaborar uma plataforma de campanha e de governo que possa conquistar o eleitor insatisfeito com o PSB.
O petebista, diferentemente de 2014, contará com pelo menos um lado em cada município, e ainda terá o apoio de prefeitos importantes como o de Jaboatão dos Guararapes, Ipojuca, Caruaru, Camaragibe, São Lourenço da Mata, Petrolina, Belo Jardim, Santa Cruz do Capibaribe, Araripina e Igarassu, que lhe darão uma maior retaguarda na disputa, garantindo-lhe maior competitividade para chegar ao Palácio do Campo das Princesas.
Seu desafio é segurar a peteca até as convenções para que todos os possíveis partidos se confirmem na coligação e que os apoios de quem está insatisfeito com o governo cheguem a cada dia para garantir as suas chances de vitória em outubro. (Por Edmar Lyra)