Folha de Pernambuco
Audiência pública da Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), realizada nesta quarta-feira, debateu a retomada das aulas nas escolas públicas e privadas de Pernambuco, que estão com atividades presenciais suspensas desde março em virtude da pandemia da Covid-19. Na ocasião, os secretários de Educação, Frederico Amâncio, e de Saúde, André Longo, e representantes do setor de Educação do Estado participaram da discussão.
Durante o debate que ocorreu de forma remota, todos os deputados estaduais membros da comissão que estavam presentes votaram contra a volta das aulas. O decreto que suspende as atividades presenciais se encerra neste sábado (15). Com isso, segundo o presidente da comissão, deputado estadual Romário Dias (PSD), será feito um relatório e encaminhado ao governador Paulo Câmara (PSB), no máximo até a próxima quarta-feira, pedindo que as atividades escolares presenciais sejam adiadas mais uma vez.
“Os deputados da Comissão se posicionaram que não há nenhuma viabilidade para volta às aulas e todos são totalmente contra às atividades presenciais. Nós vamos mostrar a ele (governador) o relatório mostrando que não podemos voltar às aulas porque é perigoso e os alunos podem se contaminar”, disse o presidente, lembrando que há dois deputados especialistas em educação na Comissão, deputada Teresa Leitão (PT) e deputado Paulo Dutra (PSB).
Segundo o parlamentar, é mais viável adiar as aulas para o mês de outubro ou novembro. O secretário de Educação, Frederico Amâncio, afirmou que não há data definida para a volta às aulas, mas que o Governo do Estado está se preparando para o retorno. Amâncio lembrou que os jovens fora das atividades escolares estão nas ruas sem estudar, sem máscaras e convivendo com o risco de adquirir a doença.
“Não cabe à educação decidir quando vai voltar às aulas, mas sim à vigilância sanitária. Quem dá palavra final é a área da saúde”, destacou o secretário. Na reunião, Amâncio também declarou que o governo está orientando profissionais e trabalhando para que as escolas tenham condições de atender os protocolos. “Nós já adquirimos conjunto de máscaras para alunos e profissionais e a instalação de lavatórios nas escolas”, disse, afirmando sua preocupação em não ter nenhum programa do Governo Federal na área de educação para os estados e municípios.