A “guerra” de listas é motivada pela crise interna do partido, que opõe, de um lado, uma ala ligada ao presidente Jair Bolsonaro – que defende Eduardo Bolsonaro, como líder – e, de outro, o grupo ligado ao presidente do partido, deputado Luciano Bivar (PSL-PE), de quem Delegado Waldir é aliado.
Pelo regimento interno, o líder da bancada é aquele indicado na lista mais recente que contenha assinaturas da maioria dos deputados do partido. No caso do PSL, com uma bancada de 53 parlamentares, são necessárias 27 assinaturas.
Desde a última quarta-feira (16), seis listas tinham sido apresentadas, das quais quatro validadas e duas invalidadas após a conferência das assinaturas.
Para a validação, a Secretaria-Geral da Mesa (SGM) da Câmara dos Deputados verifica se as assinaturas apresentadas correspondem às assinaturas digitais registradas pela Casa.
Após esse procedimento, a SGM ainda deve informar o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), da mudança na liderança para que ele confirme estar ciente da alteração. Isso pode ocorrer por meio de assinatura eletrônica.
As listas
A quarta lista apresentada e a última a ser validada faz de Eduardo Bolsonaro o líder da sigla na Casa.
Porém, após essa validação, aliados de Delegado Waldir apresentaram uma quinta lista para que o parlamentar de Goiás reassuma o comando da bancada.
A lista que tenta recolocar Delegado Waldir no comando ainda não tinha sido validada até a última atualização desta reportagem.
Em seguida, aliados de Eduardo Bolsonaro apresentaram uma sexta lista para, afirmam, corrigir uma das 29 assinaturas que constam na quarta lista apresentada.