Por Ricardo Antunes
O ex-prefeito Geraldo Júlio (PSB) e o atual secretário da Casa Civil, José Cavalcanti Neto, estão fora da sucessão do governador Paulo Câmara (PSB). Com isso, apenas dois nomes estão na mesa do PSB: Os deputados federais Danilo Cabral e Tadeu Alencar.
Em entrevista à Folha de São Paulo o próprio governador foi bem claro quando disse que o ex-prefeito do Recife não queria participar de sua sucessão. Geraldo Júlio declarou isso no ano passado e como resolveu lançar seu nome através dos jornais , em notas e matérias, se desgastou ainda mais.
“O governador é o coordenador do processo e não podia debater isso pela mídia. Geraldo teve a sua chance”, disse um assessor, hoje, no Palácio durante a posse de Paulo Câmara como novo presidente do Consórcio Nordeste.
Claro que também pesou as pesquisas internas do PSB, que apontam o ex-prefeito com relativo índice de rejeição. Ele teve nada menos do que sete operações da polícia federal nas suas costas e um candidato “não pode passar o tempo todo se explicando nos debates e no seu guia eleitoral”, acrescentou a mesma fonte.
O nome ideal e preferido de Paulo Câmara seria do seu fiel assessor, Zé Neto, que também era considerado um nome aprovado por vários prefeitos. O sobrinho do ex-governador, Joaquim Francisco, no entanto, já foi descartado não pelos seus defeitos e, sim, por suas qualidades. A avaliação do Palácio, é de que sua proximidade com Paulo Câmara poderia parecer uma imposição do governador, o que desagradaria a família do ex-governador Eduardo Campos. E o governador não quer pagar o preço de um eventual “corpo mole ” do prefeito João Campos e seu grupo mais próximo.
Um dado que mostra bem que o secretário não vai mesmo disputar a sucessão do amigo é o seu celular. Quem liga ou manda um zap recebe um aviso: “Estamos de férias”.
Recado impensável para quem fosse candidato ao Governo do Estado, não está claro?