“Minha marca é a Dudu in Line, a logo vem com um dudu e uma rodinha de patins. Pretendo, daqui a um ano, ter uma empresa, com pessoas trabalhando para mim. Não só em semáforo, mas também na praia, no Marco Zero e outros lugares de movimentados”. O trabalho árduo debaixo do sol, das 9h às 15h, nos últimos quatro meses – devidamente protegido pela camisa UV e pelo fator 60 do protetor – deu um novo rumo à família de Tecio, atualmente restrita a esposa e dois cachorros. “Minha renda melhorou, minha vida deu uma folga. Agora estou prosperando, mais até do que imaginava. Pretendo, primeiramente, fazer uma reforma boa na minha casa”, conta.
Perdas, somente de peso. Em pouco mais de quatro meses no corre-corre dos patins, são seis quilos a menos. Entre os ganhos, além do dinheiro, a lição de saber respeitar quem trabalha nas ruas. “Quando a gente pensa em quem trabalha no sinal, normalmente achamos que é pobre coitado ou bandido. Mas, na verdade, somos pessoas trabalhadoras. Não temos o conforto de um escritório, mas temos salário e família. E às vezes até ganhamos mais do que quem está no escritório”, brinca. Mesmo à vontade nas ruas, considerando a disposição que Tecio investe no trabalho dependente apenas de seu corpo, não seria surpresa descobri-lo em escritório próprio, tendo os patins apenas somente como diversão.