DEM volta a ter protagonismo no governo Bolsonaro …

Refundado em 2007, o PFL tornou-se Democratas num objetivo de conter a sucessiva diminuição de tamanho na política nacional. O partido foi muito perseguido pelo então presidente Lula, que chegou a afirmar que gostaria de extirpar o DEM da política, e viu perder espaço político a cada eleição, com queda no número de vereadores, prefeitos, deputados, governadores e senadores.

Precisou ocorrer o impeachment de Dilma Rousseff e ascensão de Michel Temer ao Planalto para que a queda desenfreada do partido fosse barrada. O partido conseguiu emplacar Mendonça Filho no ministério da Educação e viu Rodrigo Maia ascender à presidência da Câmara dos Deputados. Para confirmar a retomada do seu crescimento, as eleições impuseram uma derrota significativa ao PT, seu principal adversário, e ao PSDB que perdeu de forma fragorosa a eleição presidencial.

Com a vitória de Jair Bolsonaro, o partido emplacou três ministérios importantes, Agricultura, Casa Civil e Saúde, com Teresa Cristina, Onyx Lorenzoni e Henrique Mandetta, respectivamente. Nas eleições do Congresso Nacional, o Partido manteve a presidência da Câmara dos Deputados com Rodrigo Maia e conseguiu derrotar Renan Calheiros com o senador Davi Alcolumbre na presidência do Senado.

Diferentemente do PSDB que sempre fica em cima do muro, o DEM manteve a sua coerência, sofreu na pele por isso, mas agora está colhendo os louros. Dificilmente voltará a ter aquele protagonismo dos tempos áureos do PFL, mas o pior já passou, agora nas eleições de 2020 e sobretudo na de 2022 terá todas as condições de ampliar sua participação na política brasileira voltando a ter grande relevância nos destinos do país. (Edmar Lyra)