G1
Para o presidente Donald Trump, o confronto final com Joe Biden antes das eleições tem clima de revanche. Atrás do rival nas pesquisas, com mais de 30 milhões de votos já enviados, ele precisa assegurar um bom desempenho no debate em Nashville para compensar o fiasco do primeiro duelo. Para o democrata, esta noite basta o empate: evitar um erro grave, em vez de perseguir a vitória.
Trump tem pouco tempo — faltam 11 dias para os votos serem apurados — e um controverso mandato a defender. Carrega o peso de um processo de impeachment e críticas pela condução errática da pandemia de Covid-19, pelo recrudescimento da tensão racial no país e pela perda de liderança dos EUA no cenário internacional.
O ponto fraco de Biden é o filho Hunter, que a campanha republicana tenta associar como intermediador de uma reunião entre um executivo da holding ucraniana Burisma e o ex-vice-presidente de Obama. Trump pressiona o procurador-geral William Barr para investigá-lo, após a publicação de reportagens do “New York Post”.
Democratas alegam que Biden nunca esteve presente à reunião citada em e-mails e que a denúncia faz parte de mais uma campanha de difamação perpetrada pela Rússia às vésperas de uma eleição americana.
Na reta final da campanha, Trump vincula a família de Biden a uma empresa corrupta e estimula seus partidários a repetirem o lema “Prendam ele” — o mesmo grito de guerra entoado em 2016 contra Hillary Clinton.