Por duas vezes o deputado federal Daniel Coelho tentou, sem sucesso, a prefeitura do Recife. Na primeira ocasião em 2012 tornou-se a grande sensação da disputa e por muito pouco não chegou ao segundo turno contra Geraldo Julio. Já na segunda tentativa ficou apenas em terceiro lugar, sendo derrotado pelo prefeito Geraldo Julio e ex-prefeito João Paulo, que foram ao segundo turno.
Durante as duas ocasiões, Daniel disputou a prefeitura pelo PSDB, na primeira tentativa contou com o apoio do PPS, enquanto na segunda surgiu com o apoio do PSL. Em ambos os casos prevaleceu um certo isolamento de Daniel por parte da oposição, que não contava com a confiança dos pares oposicionistas.
Para 2020 o sentimento na oposição tem sido diferente, e há uma corrente cada vez mais hegemônica defendendo que a oposição composta por PSDB, PSL, PL, PSC, Podemos, Cidadania, Democratas e Republicanos possa marchar unida em torno da candidatura de Daniel. Os defensores do nome de Daniel apostam que ele é bom de debate e de televisão, e tendo o apoio da oposição em torno da sua candidatura tem condições de crescer.
A corrente minoritária na oposição acredita que Daniel Coelho não oferta perspectivas de poder e por isso deveria apostar num nome que nunca disputou majoritárias. Alguns avaliam que Daniel por já ter perdido duas e não representar efetivamente uma novidade, será um candidato fácil de desconstruir.
Com as definições cada vez mais próximas, numa escala de 0 a 10, Daniel Coelho estaria com 7 de chances de ser o único nome apresentado pela oposição que foi liderada pela candidatura de Armando Monteiro em 2018. Definindo o deputado como candidato, a oposição terá que montar chapas proporcionais competitivas para sustentar o projeto do deputado do Cidadania. (Edmar Lyra)