Após o nome do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, ser cogitado para a Secretaria de Defesa Social do estado, fontes palacianas foram unânimes em garantir que o atual titular da pasta, Antônio de Pádua, só não ficará no cargo se não quiser ou se não puder. É prego batido! Os palacianos foram bem mais além e cravaram que, praticamente, toda a cúpula da segurança pública estadual será mantida – as mudanças serão cirúrgicas.
Ficarão nos seus cargos os atuais chefes das polícias Militar e Civil, coronel Vanildo Maranhão e Joselito Kehrle, respectivamente. Mudança confirmada mesmo só no comando da Casa Militar, com a saída do coronel Eduardo Pereira. A permanência do comandante do Corpo de Bombeiros, Manoel Cunha, não está definida; ele pode ser trocado.
O motivo para a manutenção da cúpula de segurança é bem óbvio: os números são positivos para o governo. No mês passado, foram batidas, mais uma vez, as metas do Pacto Pela Vida. Os palacianos argumentam que não há motivos para mudar um time que está ganhando. Os índices de criminalidade têm sido reduzidos nos últimos 12 meses. Esse fator, avaliam, pesou na reeleição em primeiro turno do governador Paulo Câmara.
Antônio de Pádua tem a total confiança do governador, garantem as fontes palacianas. Se ele não ficar – o que eles acham difícil –, quem figura na lista com mais força para ocupar o posto é Humberto Freire, o número dois da SDS, também delegado federal; outro que tem a confiança do governador. Eles só voltarão ao seu órgão de origem se o futuro ministro da Segurança, Sérgio Moro, cumprir a promessa de chamar todos os delegados que estão fora da corporação.