Governo e oposição deram sinais nos últimos dias de que a manutenção da crise política até 2016 pode ser um bom negócio para os dois lados. Em uma espécie de pacto de não agressão, ambos trabalham para ganhar tempo e agir com segurança antes de chegar ao desfecho de crise política.
Cinco assuntos dominam a disputa política: a rejeição das contas do governo pelo Tribunal de Contas da União (TCU); a ação de impugnação da chapa liderada pela presidente Dilma Rousseff no Tribunal Superior Eleitoral (TSE); o impeachment; o rompimento do PMDB; e o caso Eduardo Cunha.
“Nem mesmo a oposição quer que o TSE decida logo sobre a cassação da Dilma”, considera o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS). “Os oposicionistas sabem que se ela sair nesse momento e for convocada uma eleição, o ex-presidente Lula ainda é o favorito”, avaliou.
Um ministro do Supremo Tribunal Federal fez análise similar sobre o caso. “Parece que nem o PSDB nem o PT querem que o pedido de impugnação seja julgado logo. Nenhum dos lados tem feito pressão”, afirmou ele ao Estado.
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