Do G1, em São Paulo
Ao se defender do processo que pode levar à sua cassação, o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) afirmou, ontem (12), que a votação é “puramente de natureza política”. No plenário da Câmara, ele atacou o PT e relacionou as investigações contra ele ao pedido de impeachment para Dilma Rousseff, que Cunha aceitou quando era presidente da Casa.
“Esse processo de impeachment é que está gerando tudo isso. O que quer o PT? Um troféu, para dizer que houve um golpe. Golpe foi dado pela presidente. Golpe é usar o dinheiro do petrolão para pagar caixa 2 de campanha. Isso que é golpe, com o conhecimento da presidente [Dilma Rousseff]”, disse o deputado afastado, que falou logo depois do seu advogado, Marcelo Nobre.
“Nós tivemos o prazer, por mais que o PT reclame, esse criminoso governo foi embora, e graças à atividade que foi feita por mim ao aceitar o processo de impeachment”, disse ele, que foi aplaudido por parte do plenário. “É o preço que estou pagando para o país ficar livre do PT. Estão me cobrando o preço por ter conduzido o processo de impeachment.”
Ele disse que recebeu ofertas e chantagens, mas o pedido de impeachment já tinha sido analisado 10 dias antes da votação do parecer no Conselho de Ética. Dirigindo-se ao plenário, Cunha disse ainda: “Amanhã serão vocês”.
Continua…