Presidente estadual do DEM, o deputado federal Mendonça Filho tem linha direta com o presidenciável Geraldo Alckmin. Trocou dois telefonemas com ele na última segunda-feira, dia em que atuou como bombeiro diante do alarme de incêndio que instalou-se nas hostes oposicionistas. Nos bastidores do Congresso Nacional, o que se diz é que o democrata trabalhou mais pela candidatura presidencial do ex-governador de São Paulo do que muitos tucanos, o que torna a relação dos dois bem estreita. E, não à toa, o nome dele volta a ser ventilado como alternativa para a ocupar a vice na chapa presidencial.
Mendonça, no entanto, encontra-se confortável no projeto de concorrer ao Senado e focado no Estado, onde não deve se configurar em novo fator de desarmonia na chapa encabeçada pelo senador Armando Monteiro Neto. Em outras palavras, no conjunto Pernambuco Vai Mudar, define-se como bem improvável essa hipótese de Mendonça trocar de projeto nos 45 minutos do segundo tempo. O PTB nacional foi um dos primeiros partidos a apoiar o candidato do PSDB ao Planato e tem Armando como único postulante a governador viável. Em função disso, não seria do interesse de Alckmin desestruturar o palanque do petebista em Pernambuco. Nessa conjuntura, Mendonça Filho segue na corrida pela Casa Alta e resta saber, agora, se Bruno Araújo fará o mesmo ou se a oposição terá que providenciar outro nome do PSDB para ocupar a segunda vaga. (Renata Bezerra de Melo)