Coronavírus: DF pode entrar em fase de aceleração descontrolada, diz Saúde

Correio Braziliense

O Ministério da Saúde divulgou, neste sábado (4/4), um novo boletim epidemiológico informando que a transmissão por Covid-19 ainda está na fase inicial em todos os estados. No entanto, o vírus pode estar em transição para a fase de aceleração descontrolada. Considerando o número de doentes de acordo com o total de habitantes, o ministério também coloca nessa lista São Paulo, Ceará, Rio de Janeiro e Amazonas. O texto não informa quando isso pode ocorrer.

“Considerando o Coeficiente de Incidência nacional de 4,3 casos por 100.000 habitantes, é preocupante a situação do Distrito Federal (13,2/100 mil) e dos Estados de São Paulo (9,7/100 mil), Ceará (6,8/100 mil), Rio de Janeiro e Amazonas (6,2/100 mil) que apresentam os maiores coeficientes. Nesses locais, a fase da epidemia pode estar na transição para fase de aceleração descontrolada”, diz um trecho do documento.

Segundo a pasta, dados científicos recentes constatam que a transmissão do novo coronavírus pode ocorrer mesmo antes do indivíduo apresentar os primeiros sinais e sintomas. Até a manhã deste sábado (4/1), o DF havia registrado 441 casos do novo coronavírus na e sete mortes.

Cuidados preciso

Devido a essa situação, o boletim ressalta o pedido do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandettapara o uso de máscaras faciais para todos. “No entanto, diante da insuficiência de insumos, foi solicitado aos cidadãos para que produzam a sua própria máscara de tecido, com materiais disponíveis no próprio domicílio”, diz a pasta no boletim.

Além das máscaras, o documento diz que o único controle possível, até o momento, é manter o isolamento social. “Esse

fato, por si só, demonstra a gravidade da situação e a necessidade de manutenção das medidas de distanciamento social ampliada que foi adotada por diversos gestores estaduais e municipais”, ressalta.

O Ministério da Saúde do Brasil diz que avalia o risco nacional como muito alto para o novo coronavírus. “Deste modo, as Unidades da Federação que implementaram medidas de distanciamento social ampliado devem manter essas medidas até que o suprimento de equipamentos (leitos, EPI, respiradores e testes laboratoriais) e equipes de saúde (médicos, enfermeiros, demais profissionaisde saúde e outros) estejam disponíveis em quantitativo suficiente, de forma a promover, com segurança, a transição para a estratégia de distanciamento social seletivo”, destca.

Outro ponto destacado é que os leitos de UTI e de internação não estão devidamente estruturados e nem em número suficiente para a fase mais aguda da epidemia. “Apesar de alguns medicamentos serem promissores, como a Cloroquina associada à Azitromicina, ainda não há evidência robusta de que essa metodologia possa ser ampliada para população em geral, sem uma análise de risco individual e coletivo. Nunca foi utilizada dessa maneira em larga escala. Precisa-se de mais duas a três semanas para que os resultados sejam efetivamente robustos e apoiem a adoção dessa medida”, afirma