Olhos azuis, lábios carnudos, longos cabelos louros, corpo de modelo e rosto de beleza eslava. Uma sólida formação acadêmica, com doutorado em história, passagem por uma conceituada universidade holandesa e livros de ensaios publicados. Fora da academia, ela já fez filmes e minisséries, apresentou um programa de TV e foi consultora de comunicação do Banco Central da Polônia. Tudo isso com apenas 35 anos de idade. Mas, entre as inúmeras qualidades ligadas ao nome da polonesa Magdalena Ogorek, falta apenas um êxito: ela não conseguiu um lugar no Parlamento nas eleições de 2011. Mas ela não se abalou e agora almeja voos mais altos, a Presidência do país. Conheçam Magdalena Ogorek, a candidata que vem sacudindo a campanha presidencial polonesa.
A seleção de Magdalena para representar o Partido Social-Democrata (SLD, na sigla em polonês) na corrida presidencial provocou ondas de entusiasmo e críticas. Se por um lado a imprensa adorou sua fotogenia – ela virou figura fácil nos canais de TV e apareceu na capa das principais publicações do país -, os analistas políticos a apontaram como ‘o símbolo’ da derrocada do outrora poderoso partido de centro-esquerda.
Nascido em 1991, no embalo da abertura da cortina de ferro, o SLD já foi um dos mais fortes partidos da Polônia e governou o país em duas oportunidades: entre 1993 e 1997, e entre 2001 e 2005. A força da legenda, porém, foi devastada por seguidos escândalos de corrupção envolvendo figuras proeminentes do partido e uma política econômica claudicante. Dos mais de 40% dos votos que o SLD conquistou em 2001, ano de sua maior votação, sobraram apenas pouco mais de 8% obtidos em 2011, ano das últimas eleições.
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