A presidente Dilma Rousseff afirmou que o pacote de concessões em infraestrutura, lançado ontem (9), servirá como uma “virada de página gradual e realista” diante das “duras dificuldades” pelas quais passa a economia do país.
“Estamos aqui iniciando uma progressiva virada de página. Virada gradual e realista para mostrar que, se são grandes as dificuldades, maiores são a energia e a disposição do povo brasileiro de fazer nosso país seguir em frente”, disse Dilma durante o lançamento do pacote de concessões de R$ 198 bilhões com foco em ferrovias.
A presidente afirmou que “não é apenas em tempos de bonança que se constrói o futuro”. Ao contrário, diz Dilma: “Os alicerces mais sólidos do futuro são aqueles construídos com luta e determinação em tempos de dificuldades.”
Dilma reconheceu que o Brasil passa por uma crise econômica mas disse que o país precisa de “ações concretas” para mostrar aos investidores e ao mercado que vai “seguir avançando.”
“Há obstáculos que inicialmente pareciam intransponíveis. Um povo é unido e forte quando é capaz de superar dificuldades. Será assim que a nossa grande nação vai superar essas dificuldades que são conjunturais, duras, mas conjunturais.”
Após o anúncio de um ajuste fiscal de R$ 69,9 bilhões, a presidente fez a ressalva de que seu segundo mandato está no início e que as medidas demandam “algum tempo de maturação” para gerarem resultados.
“Nosso governo não é de quatro meses, mas de quatro anos. Estamos na linha de saída e não na reta de chegada”, disse Dilma.
Investidores – Dilma disse ainda que as ações de investimentos, “além do ajuste fiscal”, servirão para “dar o oxigênio do otimismo e da esperança” aos investidores.
“É com esses alentos que estamos aqui para proclamar, em alto e bom som, que sempre lucrarão mais os que apostarem a favor do Brasil”.
Durante discurso de mais de trinta minutos, a presidente disse, mais uma vez, que seu governo está tendo “a coragem de promover o reequilíbrio fiscal” e “as correções na economia”. Segundo ela, as políticas anticíclicas “chegaram ao limite.”