A deputada estadual Priscila Krause (DEM) anunciou nas suas redes sociais, hoje, que a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) emitiu nova conta de água e esgoto da Arena de Pernambuco referente ao mês de abril passado. Após a parlamentar identificar no dia 21 de maio que na fatura daquele período havia a cobrança de R$ 1,24 milhão, questionando tanto a Compesa, quanto a Controladoria-Geral do Estado e o Ministério Público de Contas estadual, a estatal responsável pelo serviço anunciou que havia identificado “erro no contador” e “infiltração” na tubulação de saída do equipamento público. Além da conta de abril, novos valores foram cobrados dos outros seis meses anteriores. Os valores em aberto desde outubro de 2017, que somavam R$ 2,09 milhões, agora somam R$ 195 mil.
Desde a última quarta-feira, o sistema de faturas online da Compesa disponibiliza as novas contas. Em relação ao mês de abril, o valor exato baixou de R$ 1.240.659,26 para R$ 27.012,22, referente a uma redução de consumo de água de 142,8 milhões de litros para 2,7 milhões de litros. Sobre março, a redução foi de R$ 459 mil para R$ 29 mil. Apenas para o mês de abril a cobrança era calculada a partir de um consumo de água de uma cidade inteira como Toritama por um mês. Na época da construção do estádio, o governo anunciou que a construção sustentável do equipamento promoveria um consumo baixo de água visto que a instalação de um sistema sustentável possibilitaria o reuso do bem.
Segundo a parlamentar, a movimentação ratifica o papel de fiscalização cabível ao Poder Legislativo e reforça a necessidade de se separar com clareza a administração da empresa em relação ao governo. “Uma conta dessas saía de qualquer padrão de normalidade. Rapidamente identificamos e questionamos os órgãos competentes. Agora cabe a Arena, por meio da Empetur, honrar o pagamento o quanto antes, pois qualquer cidadão ou comerciante que passar seis meses sem pagar a conta de água fica com ela cortada ainda no primeiro mês. Jamais pode haver a menor dúvida se a administração da Compesa, por ser uma estatal do próprio governo, atenda a interesses que não os interesses da empresa”, registrou Priscila, lembrando que em outra ocasião já questionou o fato de vários prédios públicos da administração não pagarem conta de água e não terem o serviço interrompido.
A deputada estadual também reiterou que segue acompanhando com atenção os gastos referentes à Arena por entender que o governo estadual precisa claramente dar rumo à situação do equipamento, que por equívocos anteriores de gestão tem produzido prejuízos volumosos aos cofres públicos estaduais. (Magno Martins)