Renata Bezerra de Melo/Folha de Pernambuco – A reunião será a primeira do PT com o governador Paulo Câmara após a decisão da deputada federal Marília Arraes de se desfiliar, rejeitando indicação de seu nome para concorrer ao Senado pela chapa da Frente Popular. Presidente da legenda em Pernambuco, o deputado Doriel Barros trocou telefonema com o chefe do Executivo estadual para agendar o encontro.
O dirigente vai à mesa com o socialista acompanhado de outros representantes do PT, nesta quinta-feira (24), no Palácio do Campo das Princesas. O senador Humberto Costa, que se encontra em Brasília, ficou de trocar uma ideia antes com o governador, porque não estará no Estado amanhã.
Nesse caso, o encontro ficou de acontecer na Capital Federal, para onde Paulo Câmara embarcou ontem para prestigiar, nesta quarta (22), a filiação do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ao PSB. Com a saída de Marília do jogo que envolve o PT, nas hostes socialistas, se passou a considerar que o espaço, então, deveria caber ao deputado André de Paula, integrante do centro na Frente Popular.
À coluna, Doriel Barros observa que o PT não contava só com Marília como alternativa, mas trabalhava ainda com mais três nomes, Teresa Leitão, Odacy Amorim e Carlos Veras. “Se Marília não quer ser, o PT vai discutir com seus quadros como vai fazer, se vai oferecer outro nome.
Não só tinha o nome dela. Acredito que o PT ainda deve trabalhar para que, na Frente Popular, a gente possa estar ocupando a vaga do Senado”, registra Doriel. E emenda: “A gente tinha quatro nomes colocados.
A discussão em torno de Marília foi um entendimento para que não houvesse problema de unidade. Se Marilia estava dizendo e condicionando a permanência dela a ser senadora, não íamos fazer um cavalo de batalha. O PT oferece o espaço, ela não aceitando, tem mais três nomes colocados. Vamos dialogar”.
Segundo ele, até o momento, permanece valendo a resolução da Executiva estadual de buscar um nome para o Senado”. Ainda segundo ele, a Executiva deve ser convocada, esta semana, para debater o tema. Haverá ainda novo debate com a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e com nomes do Grupo de Trabalho Eleitoral, como o deputado federal José Guimarães.
Humberto defende debate amplo “Eu defendo que se faça uma discussão mais ampla, que envolva prefeitos, deputados…”, argumenta Humberto Costa, à coluna, sobre a posição que o PT adotará, “se insiste nisso, se não, se tem outra alternativa…”. Não está descartado, ele diz, “querer continuar com a vaga do Senado, desistir ou surgir outro nome”.