Com seis deputados eleitos – sendo três federais e três estaduais – e um senador da República, a cidade de Petrolina, no Sertão do São Francisco, já respira política e, mesmo faltando mais de um ano para o pleito de 2016, a sucessão municipal já é assunto certo em rodas de conversa.
Tendo pouco mais de 190 mil eleitores, segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o município começa a formar os cenários para a disputa do próximo ano. E, diante das diversas forças políticas da região, o jogo eleitoral é formado por vários jogadores. Pelo menos quatro correntes políticas devem lançar pré-candidatos.
Com 61.772 votos, o deputado estadual Odacy Amorim (PT) já foi vice do então prefeito Fernando Bezerra Coelho, entre 2004-2008. Ele assumiu a prefeitura na época em que FBC se licenciou para assumir a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, no governo de Eduardo Campos. O parlamentar não escondeu a pretensão de entrar no páreo.
Em 2012, o petista disputou a eleição contra Lóssio, mas ficou em terceiro lugar, com 30 mil votos. O deputado do PT também tem já tem plataforma. Odacy defende a duplicação da BR-248 entre Petrolina e a cidade de Lagoa Grande.
“Falam muito em ampliar a duplicação da BR-232 de Caruaru a Arcoverde que acho importante, mas também existe já a real necessidade de promover a duplicação desse trecho da BR-428 até Lagoa Grande, onde no final da tarde recebe um fluxo intenso de caminhões e veículos de maior porte”, justificou.
Júlio Lóssio e o secretário Ednaldo Lima durante entrega de habitacionais.
Conhecido por suas atitudes inesperadas, o prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB), também poderá alterar todo o xadrez da sucessão municipal. O destino do seu espólio eleitoral será decisivo nas urnas. Especula-se que o chefe do executivo municipal vai alçar um de seus auxiliares para a disputa. Entre as apostas está o nome do secretário extraordinário de Habitação, Ednaldo Lima, vereador licenciado.
Ednaldo ganhou visibilidade ao encabeçar programas habitacionais importantes em Petrolina, como o Minha Casa, Minha Vida do governo federal.
Lóssio preferiu não comentar sobre o tema sucessão. “Estamos focados na gestão. Temos muita coisa para fazer. O tempo político ainda é administrativo. Só no próximo ano definiremos estratégia e nomes para disputa eleitoral”, afirmou o prefeito.
Outro nome cotado para assumir a cadeira é o do deputado federal Adalberto Cavalcanti (PTB). Em reserva, fontes comentaram que outro cenário possível seria Lóssio apoiar a candidatura de Adalberto para herdar a cadeira deixada por ele na Câmara dos Deputados.
PSB pode ter disputa interna para escolha do candidato. Foto: Lucas Ramos, Gonzaga Patriota, Fernando Filho e Miguel Coelho.


