Com Anderson candidato a senador, Gilson Machado analisa saída do PL. Tem duas opções: o Novo e o Podemos

Por Terezinha Nunes/Blogdellas – O ex-ministro Gilson Machado que, como adiantou este blog há mais de um mês, analisava a possibilidade de deixar o PL para ser candidato a senador por outro partido – na época já tinha convicção das dificuldades depois que o presidente nacional Waldemar Costa Neto manifestou interesse na candidatura de Anderson Ferreira – passou a ter agora mais uma opção: o partido Podemos, dirigido pelo ex-prefeito de Paudalho, Marcelo Gouveia, com quem ele também conversou.

– “Sou o candidato de Bolsonaro, ele mesmo disse isso” ele voltou a afirmar esta sexta-feira, um dia depois que o deputado estadual Alberto Feitosa, seu fiel escudeiro, declarou apoio a Anderson, informando que em dois dias de encontros em Brasília com o PL, voltou convencido de que o nome de Anderson tem o apoio da nacional e do segmento estadual. Não citou Gilson, a não ser para dizer que antes de declarar apoio a Anderson falou com o próprio ex-ministro sobre o assunto.
            
Para ser candidato ao Senado no PL está claro que Gilson não tem mais espaço. Mas também está claro que se mudar de partido, como tem se manifestado, divide o bolsonarismo e pode até ter mais votos do que Anderson, mas os dois perdem força. Para o Novo e o Podemos ter um candidato ao Senado pode fazer a diferença para eleger mais deputados federais e estaduais. Mas, na verdade,  o que pode, verdadeiramente, estar por trás de tudo isso é a possibilidade de Gilson vir a desistir do Senado e se candidatar a deputado federal. Neste caso, tanto o Podemos quanto o Novo sem dúvida elegeriam de certeza um federal capaz de ajudar outro candidato a chegar lá. Além disso, a presença do vereador Gilson Filho na chapa de estadual também agrega. Se o pai for para federal e ele para estadual, os bolsonaristas podem votar nos dois, independente da legenda.

Os votos de cada um
          
Nos meios políticos quem entende da matemática do voto acredita que Gilson Machado no Podemos como candidato a federal ajudaria a eleger além dele Marcelo Gouveia e Ricardo Teobaldo. No Novo, ele se elegeria ao lado do vereador Eduardo Moura e ainda sobrariam votos para um terceiro nome. A mesma coisa poderia acontecer nas chapas de estaduais das duas legendas com a presença de Gilson Filho. Já o PL perderia muito sem Gilson candidato a federal e o filho a estadual. Tanto que os candidatos aos dois cargos torcem para que ele permaneça na legenda e se entenda com Anderson. Esta sexta houve quem lembrasse que a escolha de Flávio Bolsonaro como candidato a presidente pelo próprio pai demonstra que a saída da direita é se unir nacionalmente e a nível estadual para evitar esfacelamento.