Com 2.966 mil óbitos em 24 horas, Brasil supera 410 mil mortes por Covid-19

Correio Braziliense
O Brasil registrou, nesta terça-feira (4), mais 2.966 óbitos por Covid-19 nas últimas 24 horas e chegou ao total de 411,6 mil pessoas mortas pela doença causada pelo novo coronavírus. Foram registrados 77,4 mil novos casos, chegando ao acumulado de 14,8 milhões de pessoas infectadas no país. A população brasileira tem enfrentado o pior momento da pandemia, que já dura mais de um ano.
Enquanto em alguns países, com vacinação acelerada, a situação tem melhorado, o Brasil enfrentou o maior pico da doença na 14ª semana epidemiológica, entre os dias 4 e 10 de abril. De lá para cá, tem havido uma redução, mas os números são ainda alarmantes. Na última semana epidemiológica, por exemplo, que terminou no último sábado, foram registradas 16,9 mil mortes pela doença.
Os especialistas se preocupam com o alto patamar que as notificações permanecem fazendo com que as médias de registros de casos e mortes continuem altas. Com os números desta terça-feira (4), o cálculo do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), que leva em conta os números dos últimos sete dias, o país tem média de 2.367 mortes e 59.332 infecções. O país mantém a média móvel de mortes acima das 2 mil mortes desde 17 de março, ou seja, há 49 dias.
Em meio à alta de casos, a vacinação segue a passos lentos. No total, o país vacinou apenas 6,7% da população com duas doses dos imunizantes. Nesta terça-feira (4), o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta prestou depoimento na condição de testemunha na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, no Senado, e apontou que houve dubiedade de recomendações, o que confundiu a população e dificultou a condição da pandemia.
Enquanto o Ministério da Saúde queria uma campanha publicitária recomendando ações como uso de máscara, o presidente Jair Bolsonaro, segundo Mandetta, queria uma propaganda de que o Brasil iria vencer o vírus. Ao longo da pandemia, o presidente negou a gravidade da situação, não usou máscara de proteção, que ajuda a impedir o contágio do vírus, promoveu aglomerações e menosprezou a vacina do Instituto Butantan, CoronaVac, que foi a primeira a ser aplicada no país.