A baixa votação e a não renovação dos mandatos dos deputados João Fernando Coutinho (PROS) e Fernando Filho (DEM) e Marinaldo Rosendo (PP), devem ser refletidas em duas palavras: Reforma Trabalhista. Os dois votaram a favor da reforma, e os seus eleitores não os perdoaram. Aí você pode me perguntar: E por que outros políticos que votaram a favor da mesma reforma, foram reeleitos ou até mesmo eleitos (como é o caso de Jarbas Vasconcelos)? A resposta é uma só: O povo que os elegeu, elegeram com um discurso de ser a favor do povo de serem liderados por Eduardo Campos (PSB) que sempre lutou pelos trabalhadores e ao chegarem em Brasília ambos votaram “contra” o trabalhador.
Vale salientar, que embora estejam em partidos diferentes, os deputados foram eleitos pelo PSB, e deles saíram. João Fernando Coutinho ainda tentou se realinhar com o discurso de esquerda no estado, mas não teve perdão. O povo o mandou para casa. Algumas pessoas comentaram que João Fernando se arrependeu de ter deixado o partido, pois caso tivesse no mesmo e tivesse a votação que teve, teria garantido sua ida de volta à Câmara. Agora, precisará se reavaliar. Além dele, Fernando Filho, assim como os demais deputados Bruno Araújo (PSDB) e Mendonça Filho (DEM) não foram perdoados por terem aceitado participar de um governo tão impopular como Temer.
Não julgaram nas urnas os trabalhos de Mendonça à frente da pasta da educação. Não julgaram os trabalhos feitos por Bruno à frente da pasta das cidades. Não julgaram os inúmeros recursos conseguidos por João Fernando e Fernando Filho e Marinaldo Rosendo. O povo julgou o lado que ficaram na época do impeachment. Quem teve a ombridade de pedir desculpas ao povo por ter apoiado como Paulo Câmara recebeu o indulto popular e o mandato. Quem não teve, seguiu o caminho amargo de um estado que fica em uma região altamente esquerdista.
A reforma trabalhista de fato precisa muito ser explicado ao povo. João, Fernando e Marinaldo sofreram o gosto amargo da rejeição das urnas. “Tirar direitos dos trabalhadores” aqui em Pernambuco também tira votos e tira mandatos. Os três, únicos socialistas pernambucanos a votarem a favor da reforma podem contar a história. (Silvinho Silva)