Elevando a crise entre Legislativo e Judiciário a níveis críticos, num desarranjo político nunca antes visto entre os Poderes, o Senado decidiu, ontem (6), não cumprir a liminar do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), que afasta Renan Calheiros (PMDB-AL) do comando da Casa. A decisão foi tomada pela Mesa e assinada por todos os seus membros, sob a alegação de que havia sido monocrática, e que o afastamento do parlamentar só poderia ser decidido pelo plenário do Supremo, que se reunirá, na tarde desta quarta-feira (7), para decidir se Renan permanece ou não no cargo.
A decisão de Marco Aurélio – motivada por uma ação da Rede, na última segunda – foi alvo de um pedido de reconsideração pela advocacia-geral do Senado, que ainda protocolou mandado de segurança para derrubá-la. No Supremo, dos 11 ministros, dois não devem votar: Gilmar Mendes, em viagem, e Barroso se declarou impedido.
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