No exercício da presidência da Casa desde o último dia 3 quando houve o falecimento do ex-presidente Guilherme Uchoa, o deputado Cleiton Collins disputará o cargo de presidente sentado na cadeira, cabendo a ele pautar a data da eleição, e com a retaguarda de dezesseis votos das bancadas do PP, seu partido, e do PR, que sinaliza apoio ao seu projeto.
Consultado por parlamentares sobre a eleição da mesa e da ampliação do espaço do PP, o governador Paulo Câmara sinalizou não haver nenhum óbice para que o partido siga presidindo a Alepe, pois na sua avaliação o PP não lhe causa nenhum problema. Esta posição do governador foi interpretada por deputados como um sinal verde do Palácio para que Cleiton Collins possa se viabilizar como nome para exercer um mandato-tampão até 1 de fevereiro de 2019, quando serão empossados os novos deputados e consequentemente será eleita uma nova mesa diretora.
Na avaliação dos deputados, com o apoio do PP e do PR e com o aval do PSB e mais alguns partidos da bancada governista, ainda que exista bate chapa, Cleiton Collins tem tudo para atingir até 30 votos, e com a sua renúncia à vice-presidência para disputar o cargo de presidente, ainda haverá condição de negociar a vice com a própria base governista, uma vez que o PP já ocupa três cargos na mesa com o próprio Cleiton, Eriberto Medeiros e Vinícius Labanca.
Cleiton já se movimenta entre seus pares, e mesmo tendo uma ou outra restrição de colegas, ele é tido como alguém que dificilmente criaria problemas tanto para o governador quanto para os deputados, uma vez que tem um estilo sereno e bastante conciliador na Casa. Além de Cleiton, só existem dois nomes que estão reunindo condições de disputa, que são Eriberto Medeiros e Alberto Feitosa, mas eles só terão qualquer chance se Cleiton errar muito, pois tem mecanismos de sobra para seguir na presidência. (Por Edmar Lyra)