Por Edmar Lyra – O grupo liderado pelo ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, sempre teve dificuldades de buscar o comando de uma legenda. Por algumas vezes o senador Fernando Bezerra Coelho tentou ter o comando de uma legenda no estado mas acabou batendo na trave, em tempos distintos o PTB, o PSD e o MDB foram fruto de articulação do petrolinense que não se concretizaram.
Nas eleições do ano passado, o grupo pôde enfim se lançar na disputa estadual, Miguel Coelho foi candidato pelo União Brasil, mas por não ter o controle da legenda passou por muitas dificuldades na construção do seu projeto. A partir de fevereiro, o grupo perderá sua cadeira no Senado com o encerramento do mandato de Fernando Bezerra Coelho e precisará se preparar para 2024, onde tentará manter o comando de Petrolina com a reeleição de Simão Durando, e ampliar o número de prefeituras espalhadas por todo o estado.
O senador Fernando Bezerra Coelho permanece filiado ao MDB, já os seus filhos deputados reeleitos Antônio Coelho e Fernando Filho não poderão deixar o União Brasil até março de 2026, quando haverá a janela para parlamentares com mandato, e Miguel Coelho, precisará definir o que pretende disputar em 2026, se novamente o governo de Pernambuco ou até mesmo o Senado, evidentemente que a construção passa pelo controle de uma legenda representativa ou pelo menos autonomia e liberdade para ser protagonista dentro do partido.
Essa definição não precisa ter pressa, mas se houver a construção de um partido representativo no estado sob a liderança de Miguel Coelho, o grupo poderá consolidar um bom desempenho em 2024 e se cacifar para uma nova tentativa majoritária em 2026.
O deputado federal eleito Mendonça Filho, que em outrora foi o presidente estadual do Democratas por mais de uma década, também está encontrando dificuldades no União Brasil. A expectativa é que o parlamentar não consiga ocupar espaços de destaque na Câmara dos Deputados por não ter uma relação amistosa com o comando da legenda.