Medo. A palavra resume a rotina de moradores e funcionários de bancos do interior pernambucano. Com armas utilizadas pelos exércitos brasileiro e norte-americano, e explosivos, grupos criminosos levam pânico a municípios afastados dos grandes centros urbanos, num fenômeno classificado por alguns como “novo cangaço”. As ações, cada vez mais ousadas, seguem um padrão. Os assaltantes chegam em grande número, detonam caixas eletrônicos e cofres de bancos, atiram contra delegacias e destacamentos da Polícia Militar, espalham grampos pela estrada para dificultar a perseguição policial e fogem, na maior parte das vezes, levando altas quantias em dinheiro. Para tentar barrar a onda, foi criada, em julho, a Força-tarefa de Repressão aos Crimes de Roubo e Furto contra Instituições Financeiras, formada pelas polícias Federal, Civil e Militar. De acordo com a Polícia Civil, de janeiro a novembro foram desarticuladas 13 quadrilhas de crimes contra bancos e 88 pessoas foram presas. O chefe da Civil, delegado Antônio Barros, aumentou de três para sete o número de equipes responsáveis pelas investigações.
Muitas cidades estão sem atendimento em agências. Para receber salários e aposentadorias, moradores precisam se deslocar a outros municípios.
Continua…